sábado, 11 de novembro de 2017

Na verdade, procuro as bolas, sempre...

Eu amanheci hoje com muito tesão. Tenho tesão por rola! Quando vejo um boy na rua como vi agora a pouco sem camisa, chega me faltar ar. Ele flagrou que eu fiquei hipnotizado procurando as bolas dele. Fiquei imaginando a vara que repousava ali. Fiquei muito tarado pela vara dele.Me lembrei desta poesia abaixo...

Na verdade, procuro as bolas, sempre,
Homens na rua, nos escritórios, carros, restaurantes,
Imagino as nozes -
firmes, macias, no seu envólucro cabeludo,
que lá estão
acomodadas entre as coxas,
Como são engraçadas -
uma na frente, um pouco à frente da outra,
um pouco acima. Como escorregam entre os dedos,
como deslizam, girando no seu saco macio,
como balançam quando ele caminha,
e pendem, quando se curva
para a frente,
Às vezes, ficam cor de rosa forte,
escapulindo do short
quando ele senta, aberto e descuidado,
os pelos esparsos e rebeldes,
como os de um cofrinho de louça pintada.
Dá pra se ver a pele aparecendo - sardenta,
enrugada como uma ameixa preta,
mas solta, deslizante sobre os caroços,
ninando os ovinhos, lisinha,
Tão delicado, o pinto se torna uma distração - 
uma cabeça de mastro grande demais, e cuja bandeira tira nossa atenção
dos belos seixos que abaixo dele estão.

(Donald Hall, ed., Best American Poety, 1989.)







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